No último artigo comentei sobre a afinação que pretendia fazer na guitarra de oito cordas. Aqui vou fazer uma revisão.
A afinação terminou assim:
8ª | 7ª | 6ª | 5ª | 4ª | 3ª | 2ª | prima |
---|---|---|---|---|---|---|---|
49Hz | 65,4Hz | 98Hz | 130,8Hz | 196Hz | 261,6Hz | 329,6Hz | 392Hz |
[G1] | [C2] | [G2] | [C3] | [G3] | [C4] | [E4] | [G4] |
.080" | .046" | .034" | .024" | .016" | .010" | .009" | .008" |
O motivos para esta afinação continuam com pouca mudança: ➀ eu aproveitava muito pouco os graves proporcionados pelas cordas em [E1] e [A1]; ➁ percebi que é bastante chato encontrar-me nas variações de casas do desenho das escalas ao longo de oito cordas.
Eu pretendia inverter as duas cordas mais agudas, mantendo os pares de cordas dó-sol, jogando o mi para a prima, mas isso inviabilizou alguns arpejos.
O resultado é uma combinação de facilidade melódica com recursos harmônicos interessantes.
Melodicamente falando, as cordas 7ª-6ª, 5ª-4ª, 3ª-prima formam pares com oitavas completas, enquanto a 8ª corda complementa o par mais grave com meia escala para notas de passagem.
Harmonicamente todas os graus do acorde maior ficam à mão com apenas uma pestana, onde a 2ª corda facilita a construção de acordes maiores. Além disso, as notas complementares e de passagem ficam todas sempre duas casas a frente do acorde atual.
Isso ainda torna muito conveniente o uso das pentatônicas Yo e menor, que são a base mecânica para as escalas diatônicas e algumas exóticas.
O único inconveniente é que, na corda mais grave de cada relação de par em quintas, é preciso alcançar casas mais distantes para algumas notas, como o fá sustenido a partir do dó. No entanto o problema é gerenciável.
Estas são minhas primeiras impressões. Já estou à vontade para criar novas melodias e harmonias aproveitando as peculiaridades dessa afinação, a open-C, falta agora desenvolver memória muscular para tocas as músicas antigas da banda.