Não é obrigatório em ritmo repetir sempre o mesmo compasso. Uma música pode usar compassos de tamanhos diferentes ao longo de sua execução.
Quando esses compassos se alternam sempre na mesma ordem, por exemplo 3 tempos / 2 tempos / 3 tempos / 2 tempos…, isso é chamado compasso complexo ou amálgama.
Algumas amálgamas são bem comuns e são escritas simplesmente como a soma de seus elementos:
2/4 + 3/4 | = 5/4 |
3/4 + 4/4 | = 7/4 |
Qualquer amálgama pode ser escrita desta forma, porém amálgamas mais complexas costumam ser assinadas como a operação explícita de soma de suas partes, separando os subcompassos com barras tracejadas.
Por exemplo, Schism usa em boa parte de sua progressão o compasso 5/8+7/8.
Em uma música minha, La dame urbain n’est pas, eu uso no crescente o compasso 12/8+2/4.
Já quando a combinação dos compassos resultaria em um compasso muito grande, com muitos tempos, é normal assinar cada compasso com seu tempo devido. É o que acontece com All You Need is Love, com compasso 2/2+2/2+3/4.
A combinação de compassos compostos, almálgamas, alteração de compassos e tempos de uma parte para outra de uma composição tem o potencial de enriquecer a obra, tratando o próprio compasso como um elemento musical.